História
Em 1998 conheci este novo conceito: Alergia ao Glúten.
Nem sabia exatamente o que era o glúten e de repente tinha alguém em casa que era alérgico ao glúten. Apesar de me ser explicado, nada estava muito claro, quais as farinhas que podia ou não utilizar, o que podia ou não comer.
Imagine saber que não pode cozinhar as mesmas coisas do costume, como massa, fazer bolos, panquecas, e quase todas as sobremesas que costuma fazer, e pior que isso não pode comprar o pão que normalmente compra porque é feito com farinha de trigo.
Quanto ao pão pensei, vou comprar broa de milho, mas enganei-me pois todos os padeiros me diziam que a broa tinha um bocadinho de trigo. As idas ao supermercado passaram a ser longas e até cansativas, tinha de ler todos os ingredientes, é que ainda hoje acontece, mas há 20 anos, nenhum produto tinha escrito “sem glúten” ou “pode conter glúten”.
Descobrir que alguns iogurtes, gelados, e até o chocolate podia ter glúten foi engraçado.
Comecei a comprar farinhas que não tinham glúten por natureza, como farinha de arroz, fécula de batata, farinha de milho, e amido de milho (a tradicional maizena).
E aí começaram os desafios…fazer um bolo só com uma das farinhas, ou com uma mistura destas, rapidamente foi um pesadelo. Acabaram por irem alguns para o lixo…
Aprendi muito rápido a substituir a tradicional farinha de trigo por uma outra. A dificuldade foi fazer pão.
Hoje é tudo mais fácil, temos de tudo sem glúten à venda no mercado. A dificuldade é gerir o orçamento familiar incluindo a compra de produtos sem glúten, porque como sabe ainda é tudo muito caro.
O desafio continua….